Casei aos quase 43 anos de idade e fiz dois checkups para confirmar que minha saúde estava perfeita. Fiz um algum tempo antes de casar e outro logo que me casei e comecei a preparar meu organismo para receber uma nova vida, então, logo que saíram os resultados dos exames e tudo estava bem, parei com o anticoncepcional e comecei por indicação médica a tomar ácido fólico.
Seis meses depois e nada de gravidez! Voltei preocupada na minha ginecologista e ela "me animou" dizendo que aos 43 anos de idade engravidar pela primeira vez naturalmente seria uma loteria.
Pensei: "Poxa, mas por quê?" Mas não fiquei encanada, pensei, se Deus quer assim, assim será e desencanei de engravidar.
Pensei: "Poxa, mas por quê?" Mas não fiquei encanada, pensei, se Deus quer assim, assim será e desencanei de engravidar.
Dois meses depois, minha menstruação que era um reloginho, atrasou, logo pensei: "Ih, acho que estou entrando na menopausa!". Oito dias depois comprei um teste de gravidez de farmácia e fiz questão de realizá-lo junto do meu marido. Quando vi o resultado fiquei tão feliz, que fiquei em choque, não acreditava no que estava vendo! Logo ligamos para a família toda transmitindo a feliz notícia!
Minha cunhadinha que é enfermeira, quando soube, logo pediu que eu marcasse médico o mais rápido possível por causa da minha idade. Mas eu estava bem! Aliás, nunca havia me sentido tão bem e tão saudável em toda a minha vida!
Queria fazer o pré-natal pelo meu convênio do funcionário público e não pelo SUS, e a primeira consulta foi marcada para mais de um mês depois da confirmação da gravidez pelo exame de sangue.
Quando passei pela primeira consulta, já estava quase completando 11 semanas de gravidez! Foi quando o médico pediu vários exames, entre eles uma ultrassonografia.
No dia da ultrassonografia, que seria a tarde, eu sangrei um pouquinho pela manhã, mas como me sentia bem, fui trabalhar normalmente. Eu e meu marido estávamos, prontinhos, de banho tomado para ir fazer o exame quando a recepcionista do consultório me ligou desmarcando a ultrassonografia e remarcando para dois dias depois.
Nesse dia meu marido não podia ir e quem foi comigo foi minha cunhadinha. Ao realizar o exame, o técnico disse que meu bebê estava sem batimentos cardíacos, eu estava super tranquila e pensei: "Como sem batimentos cardíacos? Eu estou ótima e com certeza meu bebê também está!". Mas a Jú começou a chorar, então, ele disse que podia ser algum problema com a máquina de ultrassom, acreditei fielmente nisso! Afinal, eu não havia sentido nenhuma dor! Pensei: "Aborto deve doer muito, fisicamente..." Fisicamente não dói nada, mas na alma dói imensamente!
Minha cunhadinha, a Jú, me convenceu de no dia seguinte ir na Maternidade de Campinas realizar uma nova ultrassonografia. Fui contrariada, mas fui, queria provar que estava tudo bem com a gente!
Quando entrei para fazer a ultrassom a médica logo me bombardeou com perguntas e dentre elas me perguntou se sou louca e porque fui engravidar aos 43 anos de idade. Fiquei chocada! Então, realizou o exame e me confirmou que eu havia perdido meu bebê. Foi até então, a pior notícia que eu havia recebido em minha vida. Chorei muito, não me conformava!
Passado sete dias da ultrassom e nada de eu sangrar (expelir o feto), fui para a PUCC e lá me fizeram uma curetagem, fiquei 24 horas internada, tive alta no dia do meu aniversário! Sob orientação médica, eu precisava fazer a mesma dieta que faz uma mulher que tem bebê e também fui orientada a tomar anticoncepcional durante 6 meses, pois nesse período seria totalmente arriscado engravidar, pois meu útero estava muito frágil e debilitado devido a curetagem.
Tomei o anticoncepcional durante sete meses e voltei na minha médica para exames de rotina e a informei de tudo o que me havia acontecido. Então, ela disse que minha chance de engravidar seria cada vez menor, devido a idade e ainda correria risco de perder outros bebês, de nunca conseguir segurar, ainda disse que um mês de anticoncepcional neste caso valeria por um ano.
Então, parei de tomar, não com a intenção de engravidar, mas pra quê ficar me intoxicando se minha possibilidade de engravidar de novo seria bem pequena devido a idade? Minha intenção era de tomar mês sim, mês não, só para garantir que não engravidaria de novo, pois já havia conversado com meu marido e não tenho psicológico para ficar abortando. Então, desistimos de tentar ter um filho, já que ele já tem uma filha.
Então, parei de tomar, não com a intenção de engravidar, mas pra quê ficar me intoxicando se minha possibilidade de engravidar de novo seria bem pequena devido a idade? Minha intenção era de tomar mês sim, mês não, só para garantir que não engravidaria de novo, pois já havia conversado com meu marido e não tenho psicológico para ficar abortando. Então, desistimos de tentar ter um filho, já que ele já tem uma filha.
Dia vinte e sete de abril tomei a última pilula, dia primeiro de maio menstruei.
Naquele mês de maio, meu marido completara 50 anos de idade e seria naquele mesmo mês que nasceria meu bebê se eu não o tivesse perdido.
Como perdi o bebê, decidi então fazer uma festa para comemorar o aniversário do meu marido, pois se tivesse prestes a dar a luz, ou com bebê recém-nascido não faríamos festa, já estava combinado.
Foi um mês de muita correria para organizar tudo.
Foi um mês de muita correria para organizar tudo.
No dia da festa eu já estava novamente grávida, mas nem sonhava com isso. Nossa, nesse dia foi tanta correria!
Dia 31 de Maio chegou e nada de eu menstruar! Já estava com um dia de atraso. Logo pela manhã comentei com meu marido que eu estaria grávida, ou na menopausa, acreditei mais que fosse menopausa do que gravidez!
No terceiro dia de atraso comprei um teste de gravidez de farmácia, fiz e deu negativo. No dia seguinte fiz um exame de sangue, a moça do laboratório me disse que era cedo demais, que eu estaria jogando meu dinheiro fora e me perguntou se eu queria mesmo fazer o exame naquele dia. Respondi que podia fazer sem medo. Era por volta de uma hora da tarde, as dezessete horas o resultado ficaria pronto e eu poderia pegar pela internet.
Quando li não acreditei, digo, acreditei sim, mas não queria acreditar, estava tensa, morrendo de medo, não queria de forma alguma passar por tudo de novo, correr o risco de perder meu bebê. A pedido do meu marido coloquei meu escapulário no pescoço...
Era véspera de Corpus Christi, eu e meu marido decidimos não contar nada a ninguém até eu completar três meses de gravidez. E no dia seguinte ao feriado eu procuraria um médico com urgência para fazer tudo direitinho e correr risco o mínimo possível.
Fui no posto de saúde, eu usaria o prontuário do meu pai, só não sabia que seria necessário o cartão do posto para me consultar. Aí tive de contar ao menos para minha mãe sobre a gravidez. Só ela e meu pai saberiam de imediato.
Estava na sexta semana de gravidez e me sentido ótima, resolvi fazer aquela faxina em casa. Era uma sexta-feira. No sábado pela manhã, acordei e lembrei, que só faltava limpar a cozinha, arregacei as mangas, mas antes fui fazer xixi e para a minha surpresa havia um minúsculo vestígio de sangue na calcinha. Corri para o chuveiro, tomei um banho rápido e fui para a PUCC de ônibus, com meu marido, nesse dia meus pais viajavam.
Os médicos me examinaram e me deram cinco dias de atestado. Meu bebê estava bem, mas eu tinha que me cuidar e fazer repouso moderado para conseguir segurá-lo.
Pensei: "E agora? Não quero ainda contar que estou grávida. Já sei, Deus vai me perdoar, afinal é em favor do meu bebê que estou mentindo." E inventei que eu estava com dengue, na época estava tendo surto de dengue, então, ninguém desconfiaria. Logo começaram as férias de julho e em agosto quando voltei a trabalhar a barriga já aparecia, mas bem pouco, mas logo começaram a me perguntar se eu estava grávida, não menti, afinal eu já estava com mais de doze semanas de gestação, estava ótima, já sabia que era uma menina e com ela também estava tudo bem.
Os médicos me examinaram e me deram cinco dias de atestado. Meu bebê estava bem, mas eu tinha que me cuidar e fazer repouso moderado para conseguir segurá-lo.
Pensei: "E agora? Não quero ainda contar que estou grávida. Já sei, Deus vai me perdoar, afinal é em favor do meu bebê que estou mentindo." E inventei que eu estava com dengue, na época estava tendo surto de dengue, então, ninguém desconfiaria. Logo começaram as férias de julho e em agosto quando voltei a trabalhar a barriga já aparecia, mas bem pouco, mas logo começaram a me perguntar se eu estava grávida, não menti, afinal eu já estava com mais de doze semanas de gestação, estava ótima, já sabia que era uma menina e com ela também estava tudo bem.
Embora eu tenha corrido risco de perder o bebê no início, devido a idade, minha gravidez foi muito tranquila e ocorreu tudo maravilhosamente bem, não tive alteração na pressão arterial, minha saúde estava ótima, do bebê também, engordei somente o necessário (um quilo por mês), no finalzinho, faltando um dia para completar quarenta semanas de gestação, no dia quatro de fevereiro de dois mil e dezesseis, os médicos acharam melhor fazer a cesariana, pois eu tinha inchado muito nos últimos 10 dias. Apesar disso, minha cesariana foi tranquila, ocorreu tudo bem e hoje tenho uma princesa chamada Melissa com um ano e meio de idade.
Mesmo antes de ser mãe, sempre imaginei a imensidão do amor materno. Hoje, vejo que eu não tinha noção de que é muito maior do que eu imaginava!!
Mesmo antes de ser mãe, sempre imaginei a imensidão do amor materno. Hoje, vejo que eu não tinha noção de que é muito maior do que eu imaginava!!