quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Você cresceu no útero materno e foi envolvido numa bolsa de líquido amniótico. Era uma deliciosa piscina. Nela, movia-se sem parar. Virou mais de quinhentas cambalhotas e chutou mais de mil vezes por dia sua mãe. Você era muito travesso, mas sua mãe o achava lindo. Você foi o maior chutador e o maior malabarista do mundo.
Mas o útero era um mundo pequeno demais para as suas aspirações. Então você se encaixou no colo uterino e esperou cada minuto até que alguém abrisse a porta. Se pudesse, gritaria: "Me dêem passagem!" Você era decidido. Já havia vencido a grande corrida da vida, agora mostrava uma coragem arrebatadora para entrar no jogo social.
Hoje você procura lugares calmos e sem tumulto; naquela época, ninguém o seguraria na barriga de sua mãe. Queria dar a cara ao mundo. De repente... Incrível! Abriram a porta. Você nasceu! Todavia, espere! O mundo começou a desabar sobre você. Aspiraram seu nariz, amassaram você, a luz agrediu seus olhos. Você suspirou: "Que sufoco!"
Só lhe restava abrir a boca e berrar! Todos diziam: "Que choro lindo!" Mal sabiam que você estava expressando: "Devolvam-me para onde eu estava!" O choro o aliviou. Chorar é a primeira coisa que aprendemos no mundo e é a primeira que representamos. Não tenha medo de chorar. Os grandes homens também choram...
[Augusto Cury]

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